Palidez
Já não há muito mais para escrever no meio deste Outono que se vai instalando. Constato essa chegada nas folhas que caem das árvores, nas estradas em que circulo, fazendo viagens de ida e volta de um destino para outro. São folhas castanhas, amarelas, pálidas, velhas, caducas que caem lentamente ao som e sabor do vento. São pálidas e lindas. Caem pelo chão. Descrever este vislumbre é olhar para esse momento da descida da colina quando estamos parados no sinal vermelho à espera de arrancar. Coloco a primeira mudança e acelero até chegar ao sono tardio de mais um dia que passa. Esta magia de tudo acabar e recomeçar de novo, a palidez que vira alegria, a velhice que se torna infância, a época das luzes nas cidades que regressa todos os anos. Será que haverá algo mais para escrever.
1 Comentários:
Há sempre mais alguma coisa para escrever.
É uma questão de estar atento e querer partilhar o que nos vai na alma.
E isso vais fazendo bastante bem...
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