segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Intensidade

Nova Iorque deixou as suas marcas. Acabei por deixar de ter tempo para escrever mais e de uma forma frequente sobre a cidade que nos acolheu de uma forma intensa e ultra romântica. Museus e salas cheias de quadros célebres, caminhadas intermináveis pelas ruas e avenidas em que o pescoço teimava em inclinar-se para trás para olhar bem a altura dos edifícios, passeios de barco em torno do meio círculo de Manhattan com a Estátua da Liberdade a guardar a entrada por barco na cidade, descansar uns poucos minutos no Sheep Meadow do Central Park sentados no chão, entrar na cidade pela ponte de Brooklyn enquanto chuviscava e subir ao topo dos prédios mais altos para ter uma vista panorâmica da cidade. A intensidade do romance vivido durante sete dias foi grande. Como a grandeza do lugar que nos recebeu.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Quase Familiar

Depois da primeira noite de impacto, Nova Iorque vai começando a tornar-se quase familiar. Domingo foi um dia para conhecer Brooklyn. Feiras de objectos usados, feiras de comida de rua, passeios no parque de Prospect, um dia na vida dos nova-iorquinos durante o fim da semana. Compram-se discos e camisas com motivos tropicais e da selva, prova-se um cachorro quente com sabores orientais e observam-se os anciões a tocar tambores numa sessão de batucada no parque. No dia seguinte passeamos pelos bairros do sudoeste de Manhattan, de Wall Street à Spring, da Sexta Avenida à Décima Primeira. Como choveu de vez em quando entrámos num café vietnamita no Tribeca onde acabámos por almoçar. Ao fim da noite vamos a um bar aqui em Queens com um amigo que conheci no metro.

domingo, 21 de julho de 2013

Demasiada Informação

A chegada a Nova Iorque correu bem. Comboio e metro até à zona de Long Island City, onde vamos estar hospedados. Metro até ao Madison Square Garden e Penn Station para reencontrar a minha mulher e depois de nos instalarmos no hotel, a ida a Times Square ao anoitecer. Nova Iorque não desilude e é tudo aquilo que podemos esperar dela. Suja e excessiva, metrópole gigante, com os painéis de ecrãs enormes e néons da Broadway a debitar demasiada informação para que os nossos olhos consigam processá-la naquele período de tempo que parece mais curto.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Nova Iorque

Está a chegar o dia da grande viagem e do reencontro. Preparam-se os roteiros e as actividades na cidade que nunca dorme. Passeios nos parques, visitas a museus, subidas ao topo dos grandes edifícios, passeios de barco no rio e nos bairros da grande cidade, concertos e jantares. Férias na cidade, na mais icónica cidade, para a conhecer melhor. Os seus espaços, a sua arquitectura, a sua natureza e os milhares de turistas que teremos como companhia. Será o tão aguardado reencontro para dias inesquecíveis de romance ao som da silhueta do céu de Nova Iorque. A oportunidade perfeita, o sítio ideal, para envelhecer ao lado da minha mulher.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Frescura

A frescura de um dia que acordou cinzento e cinzento permaneceu, após dias escaldantes, abafados, quentes, que secaram as flores e as folhas das plantas. É nesta frescura momentânea que nos encontramos, prontos a retomar os discos que foram ficando nas prateleiras, para os usar ao serviço da festa. A festa que marcou a semana, festas de celebração de vida e de aniversários que se vão completando. Este tempo que não termina e que consome os dias que ora abrasadores ora mais frios vão acontecendo enquanto existimos. Aproveito então esta noite mais fria para sair. Sair em direcção às ruas dos bairros históricos, de prédios e habitações que permanecem nesta cidade cada vez mais antiga.

sábado, 6 de julho de 2013

Noite Bela

Ontem vesti os meus calções azuis para a festa das calças vermelhas. Assisti ao nascimento de um agrupamento a tocar versões de clássicos da canção pópe portuguesa e brasileira, ao estilo de bandas de cruzeiros ou de grandes casinos. Antes ainda experimentei alinhar algumas canções nos leitores de discos compactos da caixa de música, para relembrar as festas como alternador. No fim mais um alinhamento a cargo do Manuel e do Rui, para terminar uma noite de temperaturas altas. Revi também velhos amigos, no meio de passos de dança ao som de Arthur Russell e Extra Golden. Foi uma noite bela. Acabei sentado num banco voltado para o rio na zona renovada do Cais do Sodré a ver amigos em grupo à conversa, raparigas e rapazes a namorar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Da Rega

Os dias passam e o calor vai e aumenta. Regam-se os vasos e as plantas das varandas cá de casa. O tempo passa mais devagar quando estamos sozinhos. Paramos mais vezes e vemos mais televisão para nos distrairmos. Somos feitos para viver e partilhar a vida com alguém e isso nota-se mais quando estamos sozinhos. Também notamos mais as ausências de todos os outros, que vão marcando também os dias que passam. As plantas vão crescendo, apesar do calor que vai fazendo, regadas pela água que vou colocando no regador. Interiormente também vou crescendo, vou alimentando e regando os dias que vão passando, num Verão que irá brilhar e reflectir durante muito tempo.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Distância

A distância que provoca a saída de casa, ainda que a vontade seja muito menor do que era há uns tempos atrás. Para ser surpreendido em concerto por uma banda, e por cantores e escritores de canções. O fim de semana com mais concertos nos últimos tempos. Concertos pequenos que não têm quase publicidade, porque são as pessoas mais próximas que tenho nesta altura. Acabo a cantar as reminiscências das melodias que foram ficando quando a memória é atraiçoada em palco quando somos chamados a ajudar nos coros. À medida que o tempo vai passando o isolamento pode ser a garantia de uma maior proximidade. É a espera que encontra sempre uma resposta, uma distância que alcança sempre o reencontro, à procura de uma lembrança que fique.