domingo, 30 de agosto de 2009

Esse momento

As palmeiras esperam os arranjos dos instrumentais e das vozes. Neste momento já está muita coisa definida mas ainda há muito por decidir. Sem qualquer espécie de pretensiosismo, apenas a intenção de fazer deste o nosso tempo, vamos definir o resto enquanto mergulhamos naquela piscina. As notas serão desconhecidas, o estudo aproximado, o esculpe incalculado. A pedra está já pronta e as amostras funcionarão como base para construir e edificar aquilo que se convencionou chamar canção. O golpe é dado naquele momento. Aquele momento que define tudo. O momento chegou. Esse momento.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Disco Disco Disco #4

E ao quarto disco disco disco presta-se homenagem ao enorme Giorgio Moroder. Já o tinha referido na terceira entrada dedicada à bola de espelhos e derivados, mas agora é a solo. Como vou de férias é necessária banda sonora que acompanhe este curto período de banhos nas falésias algarvias. Nada melhor que recordar a película O Expresso da Meia-Noite e a sua música. Giorgio Moroder, o responsável original. Por isso o vídeo que acompanha a entrada tem imagens do filme. Tema escolhido: "Chase". Um exemplo das infinitas possibilidades da junção dos sintetizadores e das batidas para produzir cosmicidade.


Artista: Giorgio Moroder
Faixa: Chase
Produtor: Giorgio Moroder
Ano: 1978
Facto: "Chase" faz parte do disco Midnight Express, que ganhou o Óscar para melhor banda sonora em 1979.

Etiquetas:

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nomes de bandas

Enquanto não vou de férias crio mais bandas imaginárias na minha cabeça. As bandas do presente estão aí no lado direito do vosso ecrã e terão novidades até ao fim do ano. As outras bandas ainda estão na minha cabeça. Mas confesso que gostaria de as registar já, para ter exclusivo dos nomes. Grande parte do interesse de uma banda está no nome. E como ainda são ideias precoces ainda não arrisco a partilhá-las por aqui, até por que estou sempre a desafiar toda a gente a começar bandas e ainda me roubavam os nomes.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Coração de Cristal

Será o teledisco do momento. Chegou ao Gorilla vs. Bear via Fader, que estreou o vídeo, e dois dias depois chegou à Pitchfork. Maior publicidade não poderá haver, logo chegou aqui à Ribeira das Naus. O vídeo contém excertos do filme "Coração de Cristal" e mostra imagens da actriz Tawny Kitaen apaixonada pelo rapaz de cristal, Lee Curreri, o Bruno Martelli do "Fama". Tawny Kitaen, "Here I Go Again", Whitesnake, procurem. O teledisco é para o lado A do EP Call & Response de Memory Cassette, que contém a "Surfin" e a "Body In The Water".

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sudoeste ao longe

Não fui ao Sudoeste este ano e por isso perdi a primeira aparição do Giro. No jornal dizem que os concertos terão sido uma espécie de epifania. Isto é: a compreensão da essência ou significado de algo. Mesmo ao longe eu acredito. Não só pela minha experiência passada, mas sobretudo pelos vídeos e fotografias que germinam em catadupa pelas ferramentas de redes sociais internáuticas. Aquele palco foi iluminado. Abençoado com toda a certeza. E mais um pormenor: há cada vez mais gente em palco. As epifanias sempre foram um privilégio de poucos. No futuro seremos cada vez mais em palco e cada vez menos na plateia.

sábado, 8 de agosto de 2009

Homens Loucos

Séries, histórias divididas em vários episódios com uma linha temporal definida, com o mesmo elenco, personagens com os quais o público se pode relacionar, uma época, um local, vários locais, planos, cortes. Cada vez vejo menos séries e raramente acabo uma. Só vejo o Seinfeld. Vi hoje um episódio de uma série passada no início dos anos 60 e gostei dos balões da festa e da brilhantina no cabelo. Fui investigar e chama-se Mad Men. Homens Loucos. Está bem. Escreve-se que é o sucessor d'Os Sopranos. Vi alguns dos oitenta e seis episódios. O Tony morre no fim, certo?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Clássico do Hip Hop #6

Constituídos por Havoc e Prodigy, os Mobb Deep são responsáveis por um dos discos de Hip Hop que mais escutei até agora. The Infamous, o disco, não perdoa. A negritude da produção funde-se com a nitidez das letras originando canções de pura emoção e dureza psicológica. A minha escolha para ilustrar esta descrição passa por "Survival Of The Fittest", cuja descrição no tubo é clássico de Queensbridge. Há dúvidas? Produzido por Havoc, registo a sobrevivência do mais adaptado à sub-urbanidade de uma grande cidade dos E.U.A.

Artista: Mobb Deep
Faixa: Survival of the Fittest
Álbum: The Infamous
Ano: 1995
Verso: We livin this til the day that we die
Survival of the fit only the strong survive


Etiquetas:

sábado, 1 de agosto de 2009

Não vale nada

A arte não vale nada. Se fosse esta a frase central desta película era provável que não tivesse adormecido. Adormeci e não vi o fim e por isso não sei se o filme era bom ou mau. Vi o meio do filme e o início. O fim não vi. Adormeci. Mas no jornal dizem que é bom. O meio foi bom. Espanha, Madrid, os quadros, os instrumentos, os truques, as danças, os corpos a dançar, deitados, nus. Emoção à flor da pele da pálpebra dos olhos que fecham antes do filme chegar ao fim. A película e esta forma artística está morta e a arte não vale nada.