quarta-feira, 30 de julho de 2008

Amor Fúria em blogue

Antes do sítio oficial, que estará pronto brevemente, vou contribuir com mais gente para um novo blogue que acaba de nascer: http://amorfuria.blogspot.com/. Já não era sem tempo. Lá estará tudo o que importa saber sobre o trabalho da empresa da qual faço parte. A partir de agora, para além da Ribeira, passarei a estar no blogue furioso. Do lado direito também passará a haver uma secção com linques para os espaços oficiais ligados à Amor Fúria e amigos.

domingo, 27 de julho de 2008

No mundo de Sines

Se há dois anos a minha ida ao festival músicas do mundo foi uma boa surpresa, este ano foi uma desilusão. Acabei por ver apenas dois ou três concertos a sério e muita, muita palha abrigada na etiqueta "música do mundo". Afinal o que é a música do mundo? Já a qualidade da música nada tem a ver com o facto de se tocar com uma kora ou com uma guitarra eléctrica, mas sim com o talento do compositor. Também o facto da organização espalhar os melhores nomes pelos dez (!) dias de cartaz não ajuda a manter elevada a qualidade dos concertos. Fui apenas às últimas três noites e na minha cabeça ficou só o jazz de Koby Israelite, o qâwwali de Faiz Ali Faiz e a música afro-cubana da Orchestra Baobab. Muito pouco para um festival com tanta ambição.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O número um do Dizzee

Já cá faltava um bom single de Verão produzido pelo Calvin Harris. Também faltava o Grime do Dizzee Rascal, porque só faz bem. O R&B de Chrome fazia falta, mas eu não sabia. Com isto tudo junto, aquilo que escapava ao Dizzee Rascal por talento próprio chegou finalmente, o primeiro lugar no tope dos singles no Reino Unido. Eu sei que o Calvin Harris é o novo "tudo o que toca transforma-se em ouro" e fico feliz por ter sido escolhido por um dos meus MCs preferidos. "Dance Wiv Me".

domingo, 20 de julho de 2008

Tatuado

Serei, provavelmente, a única pessoa na blogosfera que não foi ver o Leonard Cohen nem o Lou Reed para ir a Converge. Sim, Converge do Metalcore, do Punk Hardcore e do Metal extremo. Já se sabe que o metal é a nova meca de muitos melómanos e eu não fujo a essa regra. Mas ontem fugi à história por culpa própria. Não ir ver o Leonard Cohen, principalmente, não pensar sequer no Lou Reed, é confirmar muita coisa. Ouvir e seguir o presente, o agora e ser do contra. Com um feitio assim arrisco-me a perder todos os concertos de artistas com mais de vinte e cinco anos de carreira, mas também a dizer que ontem vi mais tatuagens e piercings por metro quadrado do que em qualquer outro concerto.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pólvora Seca

Quando um bar de média dimensão aumenta o tempo de frequência de concertos roque para quinze dias ou sugere um nome maior para chamar mais público do que uma banda que está prestes a lançar um disco por uma major e vai a um dos maiores festivais de Verão do país, entende-se tudo sobre o estado actual para as bandas que estão a dar os primeiros passos. Se por um lado é preciso um álbum nas lojas para marcar concertos, para promovê-lo é preciso ter concertos marcados antes do lançamento. Afinal o myspace não tem o poder que muitos julgam, ou terá? Venham os videoclipes.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Róisín

É disto que eu falo quando digo que a Róisín Murphy é uma das vozes da década na área da electrónica. É o vídeo do primeiro single com o mesmo nome do último àlbum editado pela irlandesa no ano passado, "Overpowered".

domingo, 13 de julho de 2008

Por Hercules

Chegou ao fim mais um festival de Verão, o Alive de Oeiras. Um dos grandes problemas deste ano prendia-se com a escolha de concertos, principalmente no primeiro e no terceiro dia. O segundo dia revelou-se o dia mais fraco e esquizofrénico. O concerto do festival pertenceu aos Hercules and Love Affair, uma viagem entre o Disco e o House que serviu para apresentar uma máquina de groove muito bem oleada, com sopros incríveis e duas vocalistas óptimas, uma maria-rapaz e uma transexual, todos juntos deram o concerto hedonista do ano. Os Gossip também deram um bom concerto, marcado pela invasão de palco final, a Róisín Murphy confirmou que é uma das vozes da década na área da electrónica e os Rage Against the Machine provaram que passados quase dez anos continuam a incendiar multidões. O resto foi curto, calmo, sonolento, monótono ou pura e simplesmente não consegui assistir. Ainda assim e apesar da dificuldade de escolha, ficou a perder para o Primavera e por muitos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Morto mas pouco

Comecei a ouvir álbuns de Hip-Hop de 2008. Depois de um 2007 marcado por lançamentos de Kanye West e Jay-Z, começam a aparecer bons álbuns de Hip-Hop do outro lado do Atlântico para além dos singles já lançados este ano. Recomendo a audição de Tha Carter III de Lil Wayne e Untitled de Nas. Tha Carter III mais gangster e centrado na sua personalidade e vida pessoal, vigoroso por um lado, amargurado por outro. Untitled mais político, filosófico, histórico e com enfoque na comunidade negra. Lil Wayne, o sangue novo de um mercado que já atingiu a maturidade e Nas, um dos sobreviventes de uma outra era. Passar ao lado destes álbuns em 2008 é recusar também um estilo tão importante historicamente e musicalmente como o Rock.