Quadro-cartaz

A música, essa, é tão extraordinária como o cartaz. As melodias abrasileiradas, as palavras portuguesas e o amor por todo o lado. Celebre-se o roque éne role com açucar dos Quais.

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Procura-se

Não está fácil encher concertos promovidos por gente que se movimenta fora dos círculos das grandes salas, dos grandes festivais e sem acesso fácil à imprensa generalista e sem rádios oficiais para promover os espectáculos. Quinta-Feira, The Field no Lux, longe de estar cheio. Sexta-Feira, Jorge Cruz e Diego Armés no Maxime, merecia cinco vezes mais público. Sábado, Os Pontos Negros, Lobster e Vicious 5 na Caixa Económica Operária, meio vazio com muito calor. No extremo oposto, Rock in Rio cheio para ver não concertos (Amy Winehouse). Pode ser a crise, ou o desconhecimento e o critério de uma burguesia que consome o que lhe dizem para consumir. Caso para dizer: Procura-se público para bons concertos a baixos preços sem direito a stands gigantes das maiores marcas.

Maxime no fim de Junho

Guillul e Fúria acima do Mondego

O Tiago Guillul e o Manuel Fúria vão estar a norte do Mondego para promoverem os mais recentes lançamentos discográficos, Tiago Guillul IV e As Aventuras do Homem Arranha, lançados sob o selo FlorCaveira. Eu irei Sábado e vou participar num mini debate, já realizado nos outros anos nas Fnacs aquando do Dia Europeu da Música. Será na Fnac do GaiaShopping, dia 21 de Junho às 16h, antes do concerto do Manuel Fúria e o tema será: Editoras Independentes.

Clube do Amor

Destaque para mais um número um da Billboard deste ano. Trata-se do novo single do Usher, com a participação de Young Jeezy e produção de Polow da Don. Este, com outros singles desta década, definem bem o que é uma balada moderna, o ritmo está dividido em duas secções sobrepostas, uma mais grave e lenta e outra, neste caso formada pelos sintetizadores, rápida e frenética, acabando por catalizar o tema do início ao fim. As vozes, por cima, entre o R&B de Usher e o Rap de Young Jeezy fazem o resto. Polow da Don é o verdadeiro artista, já responsável por "Promise" da Ciara e "Get Buck" de Young Buck, e volta a dar cartas nos melhores singles do ano.

Ninguém Morre

Se há concertos queridos e esgotados que deixo de assistir, como o da Feist, há outros que assisto com a atitude roque certeira para três dezenas de pessoas, como o dos Lobster. Com tanta azáfama nestes dias, o tempo para escutar os álbuns certos, com a devida atenção, é pouco. Ainda assim o último dos N*E*R*D é óptimo para o tempo quente e para a noite. O brilho Star Trak ainda reluz e o single, que já anda nos blogues há algum tempo, chega finalmente à Ribeira. Não vi o vídeo do single de apresentação, deve ter muitas raparigas na fila para a casa de banho.

Catadupa apresenta

É já no próximo sábado, dia 7 de Junho, pelas 21 horas que a Feromona apresenta o seu primeiro álbum intitulado Uma Vida a Direito no Crew Hassan. Antes do concerto vou estar a alternar os meus novos vinis. Sobre este álbum partilho as palavras do Tiago Guillul, que escreve, entre outras coisas, isto: "A Feromona não vai tornar este mundo melhor. Ainda bem" e "Avisem a vasta congregação Ornatosvioletina que a liturgia mudou". Palavra de profeta.

Concertos em Junho

Junho começou. HEALTH (2) já foi. O Dan Deacon (9) está cancelado e a decisão fica mais fácil, venham os Liars (9). Até lá Dirty Projectors (6) e Sunset Rubdown (8). Também há a hipótese de ir ver São Paulo Underground (12) e Vetiver (14), mas ainda não há certezas. A Feist (11) vai ter de esperar porque nessa mesma noite há Lagosta e Fúria no Maxime e bailarico do Almirantado (11). Na agenda furiosa destaco também o Coração no Porto (9) e em Évora (14), a deslocação ao Porto do Fúria e do Guillul (21) e a noite Cruz/Armés no Maxime (27). Primeiros nomes aqui. Para finalizar o mês, The Field no Lux (26) e um festival na Caixa Económica Operária com Os Pontos Negros (28). Junho terminou.

Regresso

De volta a Lisboa, depois de mais um Primavera, em que os Animal Collective confirmaram o estatuto de banda mais importante da década, os Public Enemy como pioneiros do rap vinte anos depois, os Man Man como os Devo deste festival e a cena independente americana de volta aos grandes palcos dos festivais de Verão na Europa, com bandas como Fuck Buttons, No Age, Health, Times New Viking, Les Savy Fav, Vampire Weekend, Menomena, entre outras. Também houve Portishead, The Sonics, De La Soul e Mission of Burma. E claro, Clipse e muitas mais. Saciado, volto com a certeza que é em Portugal que estão as melhores bandas do momento.